Por Jorge Vieira
Espelho, amigo que não mente!
O que vemos quando nos olhamos no espelho?
Quem somos realmente ou a visão de alguém que gostaríamos de ser?
O espelho vê tudo. Nossos medos, nossos pequenos triunfos.
Guarda nossos segredos e guarda nossas decepções nele.
Experiências traumáticas nos transformam. Não há apenas preto e branco.
Mas, a cor do coração é unânime.
A rica cultura black, nos apresenta o legado, manifesto de cidadãos afro descendentes, marcada por episódios de preconceito racial e violência contra os direitos civis.
Apesar de toda tristeza vivida durante os anos de escravidão, e com a segregação após a abolição, os sucessos sonoros e rítmicos do soul, rhythm-and-blues, e do jazz, promovem os artistas negros, já que naqueles dias era mais difícil eles encontrarem liberdade para se expressarem. Com exclusividade, foram apoiados pela Montown Records, a gravadora que impulsionou artistas negros e criaram as girl groups, entre os anos 1960 até meados dos anos 1970. Emplacaram entre as dez músicas mais tocadas, por uma década. Sucesso.
A força que continuaria, protestando seus valores vieram com novos ritmos, nos anos 1980 através do FUNK, HIP HOP, R&B e do RAP, além das românticas baladas. O estilo de dança de rua, conhecido como street dance e o break, tornaram-se populares já nos anos 1990. Os rappers, mc’s e os beat boxs juntos formaram grupos impulsionados pelas pick ups dos djs e soltaram a voz em discursos musicais e aquecem a moda jovem esportiva. As grandes marcas esportivas, preferência dos jovens, vê a oportunidade de investirem. É a atitude, o comportamento do gueto e das comunidades que sugerem aos estilistas, a moda das ruas, o street style.
O cinema, por através do figurino dos personagens marcantes sempre exerceu forte influência na moda. Porém, os negros nem sempre estiveram no cinema ou na televisão servindo de exemplos ou modelos para todos os públicos e é mesmo com a música que acontece a comunicação que inspira gerações, cada vez mais aderentes à cultura black.
Os hábitos de ginástica de uma vida saudável, alinhada aos últimos lançamentos tecnológicos que a moda utilitária oferece, tem suas características de design criados à partir do comportamento. O modo de usar em que integra as atividades múltiplas do jovem urbano. O activewear é bem aceito pelos fitness (adeptos à ginástica) e os hipster (estilo da geração Y); performance e estilo geram os fitster. O que prevalece é o conforto.
No Brasil, país em que a população é composta por maioria de cidadãos afro descendentes, também vem na música, a força comunicativa e envolvente e até alcança a TV. Os ritmos samba, samba-rock, gafieira e o pagode são típicos dessa etnia que faz questão de tradição, no que diz respeito às suas raízes. Com frequência é fácil ver o destaque que a mídia dá à alguns artistas de talento reconhecido pelo público e que com orgulho, esses mesmos, também são ativistas pela causa e não desperdiçam oportunidades ao lembrar-nos todo o valor da nossa nacionalidade.
Selecionamos alguns cortes e estilos para os cabelos com mais ou menos volume.
“Ser e estar, ir e vir, pensar e realizar, desejar e obter”. A força de uma cor na pele, o alcance de uma voz carregada de lamentos, conquistam e preservam os direitos que são de todos nós. O orgulho da nossa imagem e a vaidade na presença marcante são exercícios diários. Para mantermos a nossa auto estima elevada e o amor próprio, requer, tanto ou mais cuidado, do que a ginástica e a dieta nos exigem.
O espelho reflete e nos faz refletir.
Para aqueles que gostam de filmes baseados em histórias reais, há excelentes produções cinematográficas, para se deliciarem com boas interpretações e trilha sonora original.
Tina – A Verdadeira História de Tina Turner – 1993. Referências ao GOSPEL, R&B e ROCK.
Trajetória da cantora Tina Turner, o filme biográfico, interpretado por Ângela Basset.
Dreamgirls- 2003. Trama musical baseado na história das The Supremes, onde Diana Ross começou cantar. Com Beyoncé Knowles e Eddie Murphy. Referências ao R&B.
Nat King Cole – Afraid of the dark – 2014. Documentário sobre o incrível músico do jazz.
O Mordomo Da Casa Branca – 2013. Baseado na hitória de Cecil, um homem que conheceu os horrores da discriminação e viveu oito mandatos presidenciais, servindo como mordomo na Casa Branca. Trilha inclui Dinah Washington. Com Oprah Winfrey. Robin Williams, Jane Fonda e Mariah Carey.
Na moda, beleza e na arte não existem apenas duas cores, preto e branco.
The Get Down – 2016. A série de TV é um drama musical americano. Referências ao FUNK, HIP HOP e FREE STILE. Com Jaden Smith e Justice Smith.